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Encontro às escuras

Quem nunca teve um encontro às escuras em que a única coisa que conseguia pensar era o quanto você desejava sumir?! Ok, podem abaixar as mãos! Todo mundo está cansado de saber que não dá certo, mas mais uma vez o meu positivismo burro me convenceu que pode ser que dê certo dessa vez, não?!

Não vou entrar em detalhes de como nos pré-conhecemos, mas entendi que as coisas estavam erradas no momento em que me perguntei o que esperava desse encontro e a resposta foi um vazio que perdura até agora. Talvez tenha adotado tão fortemente a filosofia de não criar expectativas que funcionou.

Me arrependi no instante que o vi e a partir de então só consegui me julgar por ser tão superficial e desejar desaparecer daquela situação que fiz questão de me colocar. Além de mais novo, era nítida a incompatibilidade, momentos diferentes de vida e blábláblá… Por que aceitei? Só pode ser carência.

Jantamos, fomos ao cinema (Meu Deus, que filme longo!) e a cada movimento uma ansiedade em como agir. “É mancada não ficar com ele, não sei o que fazer. Por favor, por favor, não tente… ufa!” Fim do filme, levanto com pressa para evitar tentativas. “Por favor, por favor, não tente, não tente… funcionou!” Sorte que sou tão boa em dar a entender que não quero, que funciona até quando eu quero.

Saí intacta do encontro, mas com uma lição de vida das mais clichês possíveis (acho que isso faz do texto uma fábula): “Lembre-se sempre: encontro às escuras não é pra você, linda”!

 

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Paulistana, 22 anos, DJ, solteira bipolar. Seria trágica se não fosse cômica (assim como sua vida amorosa). Amante do bom e do péssimo rock. Nada de meios-termos, por favor. Hobbies: filmes, séries, HQs e longos e relaxantes passeios por brechós. Seus textos são frutos de suas crises internas e críticas aos padrões sociais.

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