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beijo

Qual a graça de ser solteira se não puder aprontar algumas travessuras, sem se importar em magoar ninguém?

Sou solteira convicta, mas os homens são sempre ótimos personagens para completar minhas aventuras e travessuras, e de fato, eles não se ofendem com isso.

Até mesmo no trabalho, eles me provocam, me instigam, estando eles intencionados ou não.

Na verdade, gosto de conviver e principalmente de me divertir com eles.

Um dia desses, estava eu saindo de um bar quando me deparei com dois exemplares masculinos espetaculares. Um deles disse: “Oooooi”.

Bastou para que eu respondesse com um sorriso provocador: “Oiiiiiii”.

O cara chegou junto, não se apresentou, tentou me beijar, sem encontrar nenhuma resistência. Ao recuperar o fôlego, virou para o amigo e disse: “Que mulher gostosa!”

Meu diabinho interior, neste momento, deu pulos de alegria e sussurrou: “Que delícia! Você é foda mesmo.”

O amigo se aproximou e disse: “Beija eu também…”

Sem relutar, fiz um exercício de revezamento espetacular, enquanto beijava um, o outro passava as mãos pelo meu corpo de forma provocante e divertidíssima.

Obviamente, não aceitei o convite de segui-los para outro lugar, afinal sou travessa, mas correr riscos desnecessários não é o meu forte.

Voltei para casa gargalhando sozinha no carro e o efeito da travessura se refletiu no meu rosto por uma semana.

 

Era década de 90 e eles estavam na faculdade.

 

ELA, mega estudiosa, sentava na primeira fila.

Baixinha e magrela, porém divertida e desbocada.

Ela era quase uma antítese de si mesmo.

 

ELE sentava na última fila e colava em todas as provas.

Surfista, namorador e metido a gostosão.

Ele era quase um fenômeno resultante de bajulação.

 

Um belo dia ao chegar ao laboratório, ele oferece bala às garotas que estavam na fila à sua frente. Uma das garotas – “ELA” – prontamente respondeu:

– Não quero bala (propositadamente sem utilizar a palavra “Obrigada”). Se fosse querer algo seu, seria um beijo, afinal não é o gostosão da sala?

Obviamente, ela imaginou que ele daria uma resposta vazia e sem graça, do tipo intimidado com sua atitude, tal como todos os homens sempre reagiam, ainda mais estando na presença do professor. Porém, ELE não era como os demais. De forma simples e natural, inclinou-se com os lábios na direção dos dela, que não pôde recuar para não cair em descrédito e ali se beijaram na presença de todos.

O rompante ocorrido quebrou qualquer barreira de relacionamento que poderia haver entre os dois, tão diferentes indivíduos.

Ao longo dos dias, tornou-se um hábito dos colegas a oferta de bala para a garota, e ela, agora namorada do tal metido, respondia apenas com um sorriso.

Os anos se passaram e, no último ano de faculdade, ELE a pediu em casamento, novamente na sala de aula, sem nenhum glamour e de forma espontânea. Ela gargalhou, pensou ser brincadeira, o magoou, mas ao perceber que ele estava falando sério, teve a oportunidade de dizer o “sim”.

E, assim, ELES viveram felizes para sempre, em um conto de fadas simples, nada glamoroso, mas cheio de intenções e amores.

 

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