Angelina se separou. E eu com isso?
Primeiro Fátima Bernardes e Bonner. Depois Angelina Jolie e Brad Pitt. Agora Fernanda Gentil com a namorada. E o que eu tenho com isso? Nada.
Fico me perguntando porque notícias como essas, se é que podemos chamar de notícias, geram tanto Ibope, tanta repercussão e comentários. Tento achar a primeira resposta: “Estamos falando de pessoas públicas, pessoas famosas onde uns e outros, de algum modo, um dia tenha se inspirado no amor sereno e apaixonante que eles tinham”. Mas logo depois me recuso a aceitar tal resposta. Por que não nos inspiramos também em tantos casos ao nosso redor? Aposto que você, assim com eu, tem um casal de tios ou avós ou até mesmo seus pais que sirva como a inspiração amorosa muito mais autêntica e sincera do que a de famosos.
Então me surge uma segunda tentativa de me convencer que faz sentido toda essa curiosidade e paparicação sobre esse tipo de notícia: ” É a notícia do momento, todos estão falando, logo preciso estar antenada e participando das redes sociais. Preciso ter uma opinião sobre isso” . Mas esse convencimento dura pouco também. Logo percebo que definitivamente não preciso e não quero estar antenada nesse tipo de assunto. Assunto inútil para humanidade. Assunto sem valor educacional. Fofoca pura sem nenhum aprendizado. Prefiro ser desatualizada. Prefiro ficar de fora das redes sociais e suas “notícias”.
“Mas o povo gosta de fofoca”. Será mesmo que gosta?. Então por que não fofocamos sobre assunto sério? Que tal discutir e opinar sobre assuntos e projetos do Governo que servirão para garantir nossa aposentadoria, a reforma do ensino de nossos filhos? Por que não debatermos juntos as questões dos refugiados sírios?
Não. Não discutimos e nem fofocamos assuntos difíceis. Cheguei à conclusão que não se trata do povo gostar de fofoca ou gostar de bisbilhotar a vida de famosos. Pois fofoca pode ser sobre qualquer assunto. Trata-se de ignorância mesmo.
Ignorância no sentido mais etimológico da palavra: da falta de educação, da falta de preparação do nosso povo. Então, como falta conhecimento para debater assuntos mais importantes (alguns dirão que são assuntos chatos), nos limitamos a essas “notícias” de revistas baratas e de fácil leitura.
Uma pena. Pois há tantas notícias, tantos assuntos gostosos de se debater e opinar. Mas a gente continua nessa onda de Caras, Contigo e programinhas da tarde ancorados por fofoqueiros de plantão, que se entitulam jornalistas.











