Palmas às que mantiveram o sim
A frase que muitas mulheres sonham dizer ao pé do altar já foi dita por mim: “ Sim, aceito.”
Sou divorciada e, antes que interpretem que sou a favor do divorcio e contra casamentos, já vou avisando que considero o casamento uma experiência maravilhosa.
Conseguir conviver rotineiramente e compartilhar interesses e ambições é um grande desafio. O segredo é compartilhar para tornar essa relação especial, porém, quando este convívio não supera as diferenças, não respeita o individualismo ou passa a ter sentidos opostos, insistir em mudar o rumo da vida do outro ou impedi-lo de viver, pode ser desastroso.
De acordo com o IBGE, em 2012, a média de duração de casamentos, no Brasil, era de 15 anos, enquanto a expectativa de vida era de 74 anos. Sabemos que não temos um volume expressivo de noivos com 59 anos, certo?
Em pesquisa realizada nos EUA, em 2011, constatou-se que cerca de dois terços dos casos de divorcio eram iniciados por mulheres. No Brasil, segundo o IBGE, já em 2004, as mulheres representavam 52% das requisitantes do divorcio.
Será então que as mulheres perderam a capacidade de obter no casamento a mesma satisfação que as gerações anteriores? Eu que faço parte desta estatística e acredito que não.
O fato é que, possivelmente, os casamentos duradouros de hoje são mais felizes que os do passado, pois são mais autênticos, sem obrigatoriedade de causar boa impressão.
De fato, as barreiras legais e religiosas diminuíram em relação ao tema e isso pode ter contribuído para a formalização de separações de uniões que já não existiam mais.
Hoje, muitas mulheres não aceitam se esconder em casamentos infelizes, levando os casamentos duradouros a seguirem uma fórmula de cumplicidade.
Sou a favor de casamentos. Sou a favor de casais. Só não acredito que existam almas gêmeas que precisam obrigatoriamente ficar juntas por toda a vida.
Não é preciso fugir do casamento, porém, tenha consciência de que o “sim” não significa que você aceita um homem, mas sim, um grande desafio.
Parabéns às mulheres que disseram sim e que conseguem, ou conseguiram, ser felizes no casamento por mais de 15 anos, contrariando todas as estatísticas.













Ruth, bela reflexão! Também já aceitei o “sim” e ele é um dos maiores desafios da nossa vida. Inclusive porque abrimos mão de muitas coisas… Tem de valer a pena… Ser “eterno enquanto dure”…
Não cheguei a dizer o tão esperado “sim”, pelo menos não com véu altar e testemunhas, mas eu diria que mais difícil que dizer o “sim” é dizer o “não”, essa é uma tarefa que deve ser feita diariamente para não ter que dizer “adeus”.
Brilhante, Érika! O NÃO pode ser bem mais importante do que o SIM pra não se chegar ao ADEUS!